Claro que, vivendo numa cidade em que proliferam autocarros, e sendo eu uma utilizadora assídua destes, ter encontros do 3º grau neles é inevitável. Como, por exemplo, entrar no autocarro, que por acaso naquele dia nem estava muito cheio e sentar-me num lugar vago. De repente aparece uma mulherzinha à porta do autocarro e põe-se a acenar freneticamente na minha direcção (wtf??) e a andar na minha direcção (WTF??) e sentou-se ao meu lado (WTF?????????????) e de repente vira-se para trás e começa a falar com os que estão atrás de mim. (pronto, menos mal). Ou então não. Porque a conversa seguia mais ou menos assim “ai Jesus Cristo, ai meu Deus, minha adorada Nossa Senhora, ai que Deus nos de forças, e paciência e perdão, porque eu também já perdoei muito, passei 30 anos de inferno e perdoei, com a paciência que Deus me deu, ai meu querido Cristo…” durante toda a minha viagem de 20 minutos. Claro que eu entrei completamente em choque cerebral, porque poderia ter feito um comentário extremamente ateu mas tudo o que atravessa no meu cérebro é “PORQUE É QUE O MEU MP3 TEVE DE FICAR SEM BATERIA LOGO HOJE????”.
Ou apanhar um autocarro e subitamente só ouvir um gemido de quem está para bater a bota naquele momento “OOOoOOooOHHhHHH MEU Deus meu Deus meu Deus meu Deus! Aiai oOOooHHhh meu Deus meu Deus!”
xoxoxo *
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